A síndrome do trato iliotibial, também chamada de síndrome da banda iliotibial, é uma das principais causas de dor na lateral do joelho. Muito comum em corredores, essa condição costuma ser decorrente de esforço repetitivo. Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome do trato iliotibial são aspectos biomecânicos como a dismetria, encurtamento de fáscia, pisada excessivamente pronada, fraqueza dos abdutores dos glúteos e da coxa, entre outros.
O sintoma mais importante associado a essa síndrome é a sensação dolorosa que se difunde pelo joelho. Dificilmente é possível indicar um ponto único específico de dor, pois ela se estende por toda a face lateral do joelho. Se a pessoa persistir nas atividades esportivas, as manifestações podem progredir para um forte desconforto na região do fêmur e/ou tubérculo tibial.
Normalmente, a síndrome do trato iliotibial melhora com tratamentos conservadores, entretanto, em alguns casos, a cirurgia é necessária para corrigir o problema. Leia o artigo e entenda melhor como é feito esse procedimento cirúrgico.
Diagnóstico
Antes de iniciar o tratamento da síndrome do trato iliotibial, é preciso confirmar o diagnóstico. Por meio de exame físico, percebe-se maior sensibilidade à palpação na área lateral do joelho, logo acima da linha articular. Se o joelho estiver levemente flexionado, a sensibilidade se intensifica, pois, nessa posição, a banda iliotibial sofre um deslizamento sobre o côndilo femoral, o que promove uma máxima tensão. Também é preciso analisar a incidência de inchaço e dor difusa na região. Exames de imagem, como ressonância nuclear magnética, são úteis para obter informações complementares acerca do quadro.
Tratamento conservador
Identificada a síndrome do trato iliotibial, normalmente é indicado que o indivíduo acometido modifique, temporariamente, sua atividade física e invista em exercícios de fortalecimento e alongamento do membro afetado. Essa alteração reduz o atrito da banda iliotibial sobre o côndilo femoral. Sessões de fisioterapia e crioterapia e medicação anti-inflamatória integram o tratamento inicial.
Cirurgia: quando é indicada e como é feita
Raramente a cirurgia da banda iliotibial é indicada, pois a maioria das pessoas melhora com o tratamento não cirúrgico. O procedimento é recomendado nos casos em que atletas profissionais com a lesão não apresentam melhora significativa entre 1 e 3 meses ou quando atletas amadores continuam com sintomas de 6 a 8 meses.
A resistência ao tratamento convencional pode estar relacionada à tensão excessiva da banda iliotibial, muitas vezes congênita, que vai se agravando em função da perda de colágeno que ocorre com o envelhecimento.
O procedimento cirúrgico envolve o alongamento da parte posterior da banda iliotibial, seguida pela retirada do osso epicôndilo femoral lateral e retirada de bursa profunda. Geralmente, o retorno à prática esportiva pode ocorrer de 2 a 3 meses após a cirurgia.
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