A osteoporose é um tema constante em meu blog. Mas, não custa falar um pouco mais sobre a doença, já que ela atinge tantos brasileiros, limitando seus movimentos e impedindo-os de terem uma vida plena na terceira idade.
Talvez você ainda não saiba, mas, a osteoporose é um mal que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. A nível mundial, 1 em cada 3 mulheres, e 1 em cada 5 homens, com mais de 50 anos terá uma fratura osteoporótica, ou seja, causada pela osteoporose.
A osteoporose (osso poroso) é uma doença progressiva, responsável pela diminuição da qualidade e da densidade óssea. Esta é uma doença que não manifesta sinais antes de prejudicar o osso de forma mais grave. Em muitos casos, o paciente só descobre a doença após sofrer uma fratura.
Em resumo, a osteoporose provoca a fragilidade dos ossos, principalmente em pessoas acima dos 45 anos. Em alguns casos, uma leve queda pode causar a ruptura do osso fragilizado pela doença.
Quando dá sinais de existência, a doença manifesta os seguintes sintomas:
- dor nas costas, geralmente causada por fratura vertebral;
- perda de altura;
- postura curvada;
- arredondamento das costas, ou corcunda.
Entenda por que a osteoporose acontece e quais são os tratamentos indicados.
Quais são as causas e os fatores de risco para a osteoporose?
Fatores genéticos são muito fortes, no que diz respeito ao desenvolvimento da osteoporose. Uma pessoa que atinge o pico de desenvolvimento ósseo com qualidade, processo que ocorre até os 30 anos, tem menos chance de perder massa óssea em excesso durante o avanço da idade.
A perda óssea é um processo natural do organismo após os 30 anos. No entanto, quanto mais densidade óssea, maior a probabilidade de se ter ossos mais saudáveis na terceira idade. Tal característica positiva é presente em alguns grupos étnicos, inclusive.
Veja outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da osteoporose.
- sexo – devido a perda de estrogênio na menopausa, as mulheres estão mais propensas a desenvolverem a osteoporose, a partir dos 50 anos;
- idade – quanto mais você envelhece, maior o risco de osteoporose;
- raça – pessoas brancas e de ascendência asiática costumam ser mais atingidas pela doença;
- histórico familiar – ter pai ou irmão com osteoporose aumenta os riscos;
- estrutura do corpo – pessoas com quadril pequeno têm menor massa óssea, isso significa que estão mais suscetíveis ao desgaste dos ossos com o avanço da idade;
- baixo nível de testosterona – assim como o estrogênio nas mulheres, a testosterona nos homens contribui para a saúde dos ossos. Com a idade, ou devido ao tratamento de câncer de próstata, os níveis do hormônio caem, prejudicando os ossos;
- hipertireoidismo – o excesso de hormônios da tireoide causa a perda óssea;
- baixa ingestão de cálcio na dieta;
- distúrbios alimentares – dietas muito restritivas prejudicam a absorção de cálcio e outros nutrientes importantes para a saúde dos ossos;
- cirurgia bariátrica – a redução do estômago causa prejuízos para absorção de nutrientes, como o cálcio;
- uso de esteroides;
- doença celíaca;
- lupus;
- artrite reumatoide;
- doença renal;
- doença hepática;
- inflamação intestinal;
- sedentarismo;
- abuso de álcool;
- tabagismo.
Tratamentos para a osteoporose
Assim que diagnosticada, o tratamento da osteoporose deve seguir algumas recomendações, como o risco de fratura nos próximos 10 anos. Se o risco for baixo, o tratamento pode seguir com algumas mudanças importantes na rotina diária, que contribuam para a redução da perda óssea.
Nos casos mais delicados para fraturas, são indicados medicamentos, como os bisfosfonatos ou o denosumab.
Algumas mulheres na menopausa podem necessitar de terapia hormonal com estrogênio, para manter a densidade óssea. Os riscos da terapia devem ser avaliados pelo médico especialista, em conjunto com o paciente.
Assim como as mulheres, os homens que passam por redução nos níveis de testosterona podem necessitar de reposição do hormônio.
Nos casos em que os tratamentos acima não surtam o efeito esperado, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos para a reconstrução óssea. Essa opção, no entanto, deve ser acompanhada à risca pelo médico, já que esses remédios não podem ser usados por tempo prolongado para o tratamento da osteoporose.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!