O diabetes é uma doença crônica e silenciosa, caracterizada pela incapacidade do corpo em produzir ou utilizar adequadamente a insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. Hoje, existem aproximadamente 13 milhões de pessoas com diabetes no Brasil, número que não para de crescer.
O grande perigo da doença consiste nas complicações que ela pode causar. Dentre elas está a neuropatia diabética.
Trata-se da complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes. Seu nome provém do fato de atingir os nervos periféricos, responsáveis pelas informações que saem e chegam ao cérebro, além de controlar os sinais da medula espinhal para o resto do corpo. Pode atingir um único nervo, um grupo específico de nervos ou nervos do corpo todo.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns da doença incluem dor constante, sensação de ardência, queimação e formigamento, especialmente nos pés, mas também pode atingir as mãos.
Em relação à dor, deve ser destacado que ela surge de repente, sem nenhuma causa aparente. O distúrbio provoca dor excessiva em casos em situações simples, como em uma picada acidental de agulha ou um esbarrão em outra pessoa. Além disso, a redução da chamada sensibilidade protetora, pele mais seca e produção menor de suor também são indicativos da doença.
Quais as causas da neuropatia diabética?
A principal causa da doença é o controle inadequado da glicose, sendo que outros fatores também contribuem para o seu surgimento, como tempo em que a pessoa convive com o diabetes, excesso de peso, tabagismo e nível de triglicérides elevado.
A retinopatia — danos aos vasos sanguíneos da retina — e a doença renal, na qual os rins perdem a capacidade de filtrar os resíduos presentes no sangue, também são causas da neuropatia diabética.
Existe tratamento?
Felizmente, sim. A primeira e mais óbvia medida para realizar o controle da doença é manter os níveis de glicose no sangue adequados. Isso significa que é necessário adotar um estilo de vida saudável, com dieta adequada, prática de exercícios físicos e uso adequado de insulina, caso seja necessário.
No entanto, os sintomas podem persistir. Como cada paciente reage de uma maneira diferente, o tratamento é feito de forma individualizada, mas pode incluir uso de medicamentos para alívio da dor, como drogas opioides,neuromoduladores e antidepressivos tricíclicos.
O que é realmente importante na neuropatia diabética é que o paciente faça consultas regulares com seu médico endocrinologista para garantir que os sintomas sejam os mais leves possíveis, evitando consequências mais drásticas, como a amputação dos membros. Por isso, em caso de apresentar qualquer um dos sintomas, procure rapidamente um médico.
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