Com o passar dos anos, o corpo começa a apresentar os sinais do envelhecimento. As linhas de expressão, cabelos brancos e cansaço são os sintomas mais visíveis. Assim como acontece em todos os órgãos, a coluna também envelhece.
Os discos intervertebrais começam a perder altura, desidratar e as articulações sofrem um processo de artrose. O conjunto dessas alterações pode desencadear diminuição do canal vertebral, espaço por onde passa a medula espinhal. Em algumas pessoas, o estreitamento causa compressão da medula espinhal e consequente a perda de função. O sintoma decorrente da compressão da medula espinhal pelo processo degenerativo da coluna é denominado mielopatia espondilótica cervical.
Quais são os sintomas da mielopatia cervical?
As pessoas acometidas de mielopatia cervical apresentam dor na nuca, ombros, mãos, pernas e pés. Geralmente, inchaço, dor forte e enfraquecimento da musculatura nos locais acometidos acompanham a dor. Alterações neurovegetativas, como dificuldade para reter urina ou dificuldade para início da micção também podem acontecer.
Pode, ainda, haver sensação de choque, queimação e formigamento, com irradiação para os membros superiores. A evolução dos sintomas costuma ser lentamente progressiva, podendo ocorrer episódios de piora mais aguda, principalmente relacionados a pequenos traumatismos.
Como é feito o diagnóstico da mielopatia cervical?
Ao serem relatados a dor e sintomas, o médico poderá solicitar um exame neurológico, para comprovar a perda de força muscular, a alteração de sensibilidade e alterações de equilíbrio. Se necessário, poderá solicitar ressonância magnética, para visualizar melhor a compressão da medula.
A mielopatia cervical tem cura?
Por ser uma doença degenerativa e crônica, quando diagnosticada a tempo, a mielopatia pode ser revertida. Alguns indivíduos sofrem sintomas mais leves e passageiros, mas a grande maioria tende a ter crises mais agudas. Os procedimentos realizados durante o tratamento permitem estabilizar os sintomas, aliviando a dor e proporcionando bem-estar.
Como é o tratamento para a mielopatia cervical?
Nos casos mais simples, o indivíduo pode ser tratado pelo método conservador, com uso de medicamento, colar cervical e fisioterapia. Na maioria das vezes, entretanto, é preciso se submeter à cirurgia. Estima-se que metade dos indivíduos acometidos apresentarão piora dos sintomas em quatro anos, além de maior risco de quedas e internações hospitalares mais frequentes.
Como é a cirurgia da mielopatia cervical?
Existem dois tipos de cirurgia para tratamento da doença: a laminectomia e a artrodese. Na primeira técnica, o médico fará uma incisão na nuca ou no meio da coluna para remover o que está causando a compressão. Em alguns casos, o profissional pode, ainda, realizar uma fusão vertebral, unindo dois ou mais ossos da coluna, para oferecer maior estabilidade para a coluna.
Na artrodese, há uma fusão óssea, feita em uma articulação, provocando a imobilidade. A artrodese pode ser realizada tanto na região cervical, quanto torácica e lombar. A cirurgia pode necessitar de materiais especiais como parafuso, barra e placa para a fusão.
Hoje em dia também existe a prótese de disco cervical, que é uma cirurgia que visa manter a mobilidade do segmento em vez de realizar a artrodese, mas ela é possível apenas em casos bem selecionados.
O melhor método deve ser avaliado em conjunto com o cirurgião, que apresentará os riscos e cuidados após a cirurgia.
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