Quem já ouviu relatos de alguém que passou por uma crise de hérnia de disco não deve ter a menor curiosidade para saber como é. Nos piores momentos, a dor se distribui de forma tão intensa que leva o paciente à imobilidade.
O problema ocorre, geralmente, na região lombar, no disco que se localiza entre as vértebras L4 e L5 e no disco que fica entre a quinta vértebra, L5, e o sacro, S1.
O disco intervertebral é uma estrutura cartilaginosa e fibrosa, que contém, em seu interior, um líquido gelatinoso. É o chamado “núcleo pulposo”. Quando esse líquido deixa o interior do disco, reduzindo sua espessura, com consequente achatamento do mesmo, surgem os sintomas, que podem se manifestar através de uma dor irrelevante ou de uma dor bastante dramática.
Esse processo ocorre a partir do desgaste ou fissura do anel fibroso, que faz com que o líquido gelatinoso se expanda, causando o que chamamos “protusão discal”.
O curioso é que 15% da população mundial sofre com esse problema, que é apenas um dos muitos que afetam a coluna do brasileiro. A hérnia de disco é a terceira causa de aposentadoria precoce, uma vez que atinge cerca de 6 milhões de brasileiros. O público mais afetado pela doença, vale lembrar, é formado por pessoas entre os 25 e os 45 anos.
Como identificar a hérnia de disco?
Essa doença apresenta alguns sintomas bem característicos e outros semelhantes a outras doenças.
O paciente tem dificuldade de ficar sentado por mais de alguns minutos, apresenta perda de força em uma das pernas, ou mesmo nas duas, sente dormência nos membros, redução das capacidades funcionais e desânimo, além de dificuldade para se locomover.
Na maioria dos casos, os sintomas podem até desaparecer completamente num prazo de até três meses, mas isso não significa que não possam ser atenuados antes desse prazo pelo tratamento médico.
Somente 5% dos pacientes acabam tendo que se submeter a cirurgias, normalmente quando os sintomas se manifestam para além do período normal.
Causas, prevenção e tratamento da hérnia de disco
Essa doença está ligada a diversos fatores de risco, como a permanência durante muito tempo na mesma posição, o ato de girar o tronco com o corpo inclinado, o sedentarismo, fatores hereditários, traumas e práticas esportivas de alto impacto, além de movimentos repetitivos.
Logo, a prevenção está ligada à cultura do paciente com relação à postura física, que deve vir aliada à prática regular de exercícios.
Além disso, fazer alongamento, evitar o fumo e ter uma dieta saudável, para não gerar sobrepeso, ajudam a prevenir esse problema.
A hérnia de disco, apesar dos sintomas serem, na maioria dos casos, passageiros, não tem cura, uma vez que a cascata denegerativa do disco continua. Na fase aguda, deve ser tratada com técnicas de fisioterapia e administração de anti-inflamatórios e relaxantes musculares. A cirurgia só é recomendada quando nenhum desses procedimentos é suficiente para erradicar o sofrimento do paciente.
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