A fratura por osteoporose é uma realidade muito comum no mundo todo e, talvez, negligenciada pelas autoridades de saúde e pela população. O que demonstra isso são os números levantados pela Internacional Osteoporosis Foundation, entidade que estima ocorrer mais de 8,9 milhões de fraturas osteoporóticas por ano no mundo todo – ou uma a cada três segundos.
Veja outros dados da fundação, que citam o Brasil e a América Latina:
- apenas 1 em cada 3 pacientes com fratura de quadril recebe o diagnóstico de osteoporose. Entre os diagnosticados com a doença, apenas 1 em cada 5 pacientes recebem tratamento;
- as fraturas de quadril, causadas pela osteoporose, geram custos em torno de U$ 6 milhões para os planos de saúde do país, sem contar os valores para o Sistema Único de Saúde;
- até 2050, em comparação com o ano de 1990, espera-se um aumento de 400% das fraturas de quadril na América Latina, causadas por osteoporose.
Agora, vamos entender mais sobre esse tipo de trauma na coluna, a seguir.
Fatores de risco para a fratura por osteoporose
Em primeiro lugar, para prevenir as fraturas por osteoporose, é preciso tomar medidas para prevenir o desenvolvimento dessa doença reumática. A osteoporose atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, número que deve ser bem maior, já que os homens não possuem o hábito de fazer exames de rotina. Além disso, essa é uma doença com prevalência na população idosa.
A osteoporose gera o afinamento e consequente enfraquecimento dos ossos. Por esse motivo, a estrutura óssea fica extremamente suscetível a lesões, podendo haver fraturas por traumas leves ou quedas de baixa altura.
Além disso, os hábitos do dia a dia são importantes causas para o desenvolvimento da doença, como:
- sedentarismo;
- alcoolismo;
- tabagismo;
- má alimentação;
- excesso de fibras, fosfatos e proteínas ingeridas na alimentação;
- baixa ingestão de cálcio.
Outros fatores de risco, ligados à osteoporose, incluem:
- ser branco;
- histórico de osteoporose na família;
- genética;
- ter escoliose;
- menopausa precoce;
- uso de determinados medicamentos, como corticoides, antiácidos, anticonvulsivantes e medicamentos para tireoide;
- anormalidades prévias na coluna;
- ter hiperparatireoidismo ou outras anormalidades na tireoide;
- amenorreia.
Sintomas da fratura por osteoporose
Em muitos casos, o idoso descobre que possui osteoporose após uma fratura na coluna, por exemplo. Assim, ao sentir dores nas costas causadas pela lesão, o paciente procura um médico, queixando-se da dor. É comum, inclusive, que a presença da fratura seja desconhecida pelo indivíduo.
Assim, quando ocorre uma fratura, os principais sinais de alerta incluem:
- dor que piora ao movimento;
- alívio da dor ao mudar para uma determinada posição;
- dor nas costas ao tossir ou espirrar;
- dor irradiada para o abdômen ou para as pernas.
Tratamento para a fratura
Após o diagnóstico da fratura por osteoporose – geralmente depois de exames de imagem, como raio-x ou ressonância magnética, além do teste de densidade óssea -, o médico pode optar por tratamento conservador ou cirúrgico.
No primeiro caso, o paciente é orientado a fazer repouso, ingerir medicamentos para dor, ou utilizar cintas que restringem os movimentos da coluna, até a consolidação da fratura. Em outros casos, em que a dor seja muito forte e não haja evolução do quadro com o tratamento conservador, pode ser necessário cirurgia.
Assim, o paciente é submetido a uma cirurgia minimamente invasiva na coluna, como a cifoplastia ou a vertebroplastia. Por fim, deve-se tomar medidas para o tratamento da osteoporose, inclusive, já que a doença pode gerar novas fraturas.
Nesse caso, o recomendado é o uso de suplementação de cálcio e vitamina D, em dosagens que devem ser prescritas pelo médico especialista. Em mulheres na menopausa, a terapia hormonal com estrogênio é responsável pela redução de até 50% das fraturas de quadril e de 90% das fraturas vertebrais, conforme a Revista Brasileira de Ortopedia.
Por fim, a melhor maneira de se evitar a fratura por osteoporose é prevenindo o desgaste ósseo. Isso é possível com medidas simples no dia a dia, como a exposição à luz solar, responsável pela ingestão de vitamina D no corpo humano. A prática de exercícios físicos, na infância, fase adulta ou na terceira idade, é outra medida preventiva importante.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!