Chamamos de fratura de compressão vertebral quando o corpo vertebral normal é “esmagado” ou comprimido, devido a uma pressão externa. Nesse caso, há um colapso do corpo de um dos ossos das costas, geralmente devido a pressão excessiva.
Quando um osso está enfraquecido, as fraturas de compressão podem surgir de uma força muito pequena, como eventualmente acontece quando pessoas erguem um objeto, se inclinam para frente, saem da cama ou tropeçam. Por vezes, a pessoa não se lembra de qualquer evento que possa ter causado a fratura.
Normalmente, essas fraturas ocorrem no meio ou na parte inferior das costas, sendo mais comum entre pessoas idosas.
Causas da fratura por compressão vertebral
Como dito anteriormente, a fratura por compressão vertebral é mais comum em pessoas idosas, devido, principalmente, ao enfraquecimento dos ossos. Mas, outros problemas também podem levar à fratura.
Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa, caracterizada pela fraqueza dos ossos que, na maior parte das vezes, só é diagnosticada após a ocorrência de sintomas, como fraturas. Por isso, a maior parte dos pacientes que sofre da fratura por compressão vertebral também sofre de osteoporose. Com o enfraquecimento dos ossos, qualquer atividade cotidiana pode resultar em pequenas fraturas. Nesse caso, elas podem afetar qualquer parte da coluna vertebral, sendo mais comum nas vértebras inferiores da parte superior das costas.
Tumores
Alguns tipos de cânceres, incluindo o mieloma múltiplo ou linfoma, podem atingir a espinha vertebral, causando o enfraquecimento dos ossos e, consequentemente, a fratura por compressão. São as chamadas fraturas patológicas.
Traumas
As fraturas também podem resultar de uma força potente, como um acidente de carro, uma queda de altura ou ferimento por arma de fogo. Nesses casos, a medula espinhal também pode ser lesionada e a coluna fraturada em mais de um lugar.
Sintomas e diagnóstico
Normalmente, as pessoas que sofrem a fratura por compressão vertebral, devido à osteoporose, podem ou não sentir dor. Aquelas que sentem, relatam dor repentina e aguda nas costas, que pode evoluir aos poucos. Na maioria dos casos, ela piora ao caminhar, ao se inclinar para frente ou quando o paciente fica sentado por muito tempo.
Outros sintomas comuns são: alívio da dor variável quando se está deitado, mobilidade limitada da coluna vertebral, fraqueza ou dormência nas áreas afetadas. Nos casos mais graves, principalmente quando mais de uma região é atingida, o paciente pode relatar perda de altura e arredondamento das costas e curvas, popularmente conhecido como corcunda.
O diagnóstico da fratura requer análise do médico e exames específicos, como um raio-x da coluna vertebral, uma ressonância magnética ou uma cintilografia óssea nuclear.
Tratamentos
As fraturas por compressão vertebral são quase sempre tratadas não cirurgicamente. O tratamento é focado no alívio da dor, com o uso de analgésicos,coletes e fisioterapia. Normalmente, as fraturas cicatrizam lentamente em até 3 meses, mas sem intervenção.
Nos casos em que o tratamento não cirúrgico não é efetivo, o médico poderá indicar a cirurgia. A vantagem é que, nesses casos, os procedimentos são minimamente invasivos. Os mais comuns são: vertebroplastia (injeção de cimento ósseo na vértebra que sofreu colapso) e cifoplastia (introdução de um balão na vértebra, expandido para restaurar a vértebra à sua forma normal. Em seguida, é injetado um cimento ósseo).
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