Espondilolistese é uma palavra de origem grega, que significa vértebra escorregada. De forma mais didática, ela ocorre quando uma parte do osso da espinha desliza sobre outra vértebra, abaixo dela. Geralmente, o inferior da coluna (coluna lombar) é a região mais afetada, já que sustenta o tronco e, com isso, ela sofre maior desgaste.
Em primeiro lugar, este é um distúrbio que pode gerar problemas graves para a coluna, como deformidade e compressão da medula espinhal, que pode prejudicar os movimentos. Nos casos mais graves, o paciente pode ser submetido à cirurgia de emergência.
Em outros casos, os sintomas podem nem ao menos serem percebidos pelo paciente. Isso ocorre pela variedade de tipos e manifestações da espondilolistese. Em síntese, para indicar a gravidade do escorregamento das vértebras, utiliza-se a classificação Meyerding, uma escala do grau de deslizamento da vértebra, que varia do grau 1, menos grave, ao 5, mais grave.
- 1 a 25% de deslizamento – Grau I ;
- 26 a 50% de deslizamento – Grau II:;
- 51 a 75 de deslizamento – Grau III;
- 76 a 99% de deslizamento – Grau IV;
- A vértebra escorregou completamente da coluna vertebral, uma condição muito grave conhecida como espondiloptose, ou ptose vertebral – Grau V.
Outra forma de classificação da espondilolistese é pela origem da causa, como você verá a seguir.
Tipos de espondilolistese
Espondilolistese displásica
Também chamada de “congênita”, ela ocorre por uma alteração na formação do feto, responsável pelo enfraquecimento das articulações das facetas, que são os pontos entre duas vértebras responsáveis pelo movimento da coluna vertebral. O enfraquecimento das articulações da faceta faz com que qualquer movimento da coluna seja capaz de desalinhar a estrutura óssea do local.
Espondilolistese ístmica
Este tipo ocorre, geralmente, entre os 5 a 7 anos de idade. Ela representa fraturas por estresse na pars interarticularis, região que conecta as vértebras nas facetas das articulações. Geralmente, os sintomas da fratura se manifestam apenas na fase adulta.
Espondilolistese degenerativa
Tipo mais comum em pessoas com idade avançada e com osteoartrite. Em resumo, ela ocorre quando as articulações da faceta se degeneram, causando o escorregamento da vértebra.
Espondilolistese traumática
Este tipo se desenvolve por causa de acidentes ou quedas bruscas, que causam o escorregamento das vértebras de forma imediata.
Espondilolistese patológica
Ela é resultado de doenças primárias, como tumores da coluna vertebral ou outras enfermidades, que enfraquecem os pontos que mantêm as vértebras unidas.
Espondilolistese iatrogênica
Por fim, este tipo pode ocorrer após uma cirurgia na coluna. Neste caso, algum erro no procedimento pode fazer com que haja o enfraquecimento da estrutura da coluna, gerando o escorregamento de uma vértebra.
Sintomas da espondilolistese
Geralmente, a espondilolistese se manifesta pela dor lombar. No entanto, a dor pode surgir tempos depois do escorregamento da vértebra, após um movimento mais brusco. Por fim, além da dor nas costas, pode-se perceber também a dor e a fraqueza nas pernas. A fraqueza nas pernas é sinal de estreitamento do canal vertebral e de prejuízo da raiz nervosa da espinha.
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