Espondilite ancilosante (ou anquilosante) é uma condição inflamatória crônica, que não possui ainda uma cura definitiva. O problema manifesta-se nas articulações do chamado esqueleto axial, sobretudo do quadril, coluna, joelhos e ombros.
No entanto, a inflamação acomete outras áreas do corpo, como os olhos, por exemplo. A patologia leva as vértebras a se fundirem, o que as torna menos flexíveis. Por consequência, às vezes, a postura das pessoas acometidas pode se curvar para frente. Além disso, caso as costelas sejam afetadas, é possível que haja dificuldade para se respirar profundamente.
A causa do problema permanece desconhecida, porém, estudos apontam um fator genético facilitador, nomeado HLA-B27. A porcentagem de pacientes com espondilite que apresentam tal marcador genético alcança 90% nas nações escandinavas. No Brasil, devido à miscigenação de etnias, a correlação está em cerca de 76%. Para entender melhor sobre o assunto, continue a leitura.
Quais são os sintomas da espondilite ancilosante?
Entre os sintomas recorrentes da espondilite, estão:
- dores intermitentes na lombar;
- dor na coluna;
- rigidez matinal;
- dores e edema nas articulações de joelhos, ombros e cotovelos;
- dor atenuada pela prática de exercícios;
- dor na região entre a pelve e a coluna vertebral.
O diagnóstico passa pela averiguação das queixas do paciente na consulta com o profissional de saúde. Para ajudar na comprovação, o médico pode pedir exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética, para identificar eventuais alterações em ossos e tecidos.
Mas, afinal, como é possível tratar a condição?
O padrão ouro de tratamento para espondilite ancilosante consiste no uso de medicamentos para conter a inflamação e a evolução da patologia. Entre os fármacos prescritos com maior frequência estão:
- analgésicos (para atenuar a dor);
- relaxantes musculares;
- anti-inflamatórios não hormonais.
- Imunomoduladores
Cabe mencionar que os remédios costumam ser receitados conforme a fase da espondilite.
Além disso, são recomendadas sessões de fisioterapia e exercícios para aprimorar a mobilidade das articulações atingidas pelo problema. Se o paciente observar a conduta recomendada, é possível notar uma melhora significativa no quadro, ainda que a enfermidade não tenha cura.
Conforme a severidade do caso, o especialista pode ainda indicar uma cirurgia. No geral, a operação é utilizada quando o distúrbio atinge o quadril e é raramente necessária se acontece na coluna. Aqui, é importante destacar que os resultados mais satisfatórios são alcançados quando o diagnóstico é realizado de modo precoce.
Quando o tratamento convencional não garante o efeito desejado, por vezes é sugerida a terapia biológica. Essa técnica consiste em injeções com medicamentos para atuar contra a inflamação, a dor e as mudanças imunológicas vistas nas pessoas afetadas pela espondilite.
Ainda que a espondilite ancilosante tenda a ficar menos ativa conforme o tempo passa, os cuidados devem ser preservados por toda a vida. Com isso, torna-se possível garantir o bem-estar dos indivíduos.
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