Distúrbio considerado raro, a escoliose congênita afeta uma em cada 10 mil crianças. Ela é representada pelo desvio da coluna em forma de C ou S. Em muitos casos, o diagnóstico da escoliose congênita ocorre apenas na adolescência, fase de maior crescimento do corpo. Com o desenvolvimento do corpo, é possível perceber que um dos lados da coluna não acompanha o outro – sinal que caracteriza o distúrbio.
Antes de falarmos sobre os tratamentos disponíveis, é importante conhecer os principais sinais da escoliose congênita. Veja a seguir.
Sintomas da escoliose congênita
Em primeiro lugar, a escoliose congênita é diagnosticada durante as consultas pediátricas. O especialista pode perceber uma pequena curvatura nas costas do bebê. De todo modo, a criança pequena não sente dores nas costas por causa do desvio da coluna. Por isso, o exame clínico pediátrico é tão importante.
Os pais também podem perceber que a postura da criança não está normal, principalmente quando as roupas não caem bem no corpo do pequeno. Outros sinais da escoliose congênita incluem:
- ombros inclinados e desiguais;
- volume das costelas maior de um lado;
- cintura irregular;
- quadril mais alto que o outro;
- inclinação do corpo sempre para um lado;
- fraqueza, dormência ou perda de coordenação.
Como é feito o diagnóstico da escoliose congênita?
A princípio, o teste de flexão é um dos exames físicos em que o médico poderá detectar o desvio na coluna do seu filho. Neste exame, a criança se flexiona para frente, para que o médico analise as costas em busca de alterações no formato das costelas de cada lado.
Em segundo lugar, é feita a análise da altura dos quadris. Quando normais, eles devem estar nivelados (na mesma altura, de cada lado). Na escoliose, os quadris apresentam pequena alteração de cada lado, assim como os ombros. Por fim, a cabeça também deve estar no centro dos quadris.
O médico especialista também irá observar o reflexo, além da força das pernas e do abdômen. Caso o exame físico identifique alguma alteração visível na curvatura dos ossos da coluna, quadris e ombros o ortopedista deverá solicitar exames de imagem, como raio-x, ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Tratamento
O tratamento da escoliose congênita deverá respeitar o grau de curvatura da coluna, bem como o estado geral de saúde da criança. Existem diversas opções terapêuticas, desde não cirúrgicas a cirúrgicas. Agora, conheça as opções de tratamento para o problema.
Tratamento não cirúrgico da escoliose congênita
Em primeiro lugar, quando a curvatura da coluna da criança parece estável, o especialista pode optar pela observação do desenvolvimento ou não do problema. Para isso, pode ser necessário exames de raio-x a cada 6 ou 12 meses, conforme a criança cresce.
Em alguns casos, pode ser necessário utilizar órteses para que não se desenvolvam desvios compensatórios de outras vértebras saudáveis.
Tratamento cirúrgico
A cirurgia para correção da escoliose é indicada para os seguintes casos:
- curvas que pioraram significativamente durante o curso do monitoramento de raios-x;
- curvas severas;
- alterações neurológicas, como fraqueza e problemas de coordenação, devido a uma anormalidade na medula espinhal.
Algumas opções de cirurgias incluem:
- fusão espinhal;
- remoção da vértebra mal formada e uso de implantes de metal;
- hastes crescentes, usadas para a correção da curva da coluna e modificadas conforme o crescimento da criança.
A reabilitação da cirurgia para tratamento da escoliose congênita pode durar de três a quatro meses, com o uso de cinta ou gesso no período.
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