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Escoliose no adolescente: como diagnosticar e tratar o problema

A adolescência é um período de grandes transformações, capazes de atingir e influenciar todas as áreas da vida. Nessa etapa, o corpo sofre mudanças bastante drásticas, e, apesar de a grande maioria delas ser necessária, também podem ocorrer aquelas indesejáveis, a exemplo da escoliose na adolescência.

De maneira geral, existem três principais tipos de escoliose, que, via de regra, é caracterizada como uma curvatura lateral na coluna que pode variar conforme o grau. A doença pode ser:

  • congênita: como o próprio nome indica, a pessoa já nasce com uma curvatura na coluna, nesse caso, algo atribuído tanto à fusão de ossos quanto à fusão de costelas em posição anormal ainda no útero;
  • neuromuscular: ocorre devido a alguma anormalidade de origem neurológica, como paralisia muscular ou cerebral, indicando que é causada devido ao enfraquecimento dos músculos ou às dificuldades na execução de movimentos, ordem dada pelo cérebro;
  • idiopática: esse é o tipo mais comum em adolescentes, pois a causa está diretamente atrelada ao crescimento, que antecede a puberdade. Apesar de ser mais comum em mulheres, também afeta homens.A etiologia ainda hoje não é totalmente conhecida, mas sabe-se que fatores genéticos estão presentes.

 

Identificação da escoliose na adolescência

Apenas um ortopedista capacitado pode dar um diagnóstico preciso desse e de outros tipos de desvio na coluna. No entanto, é possível que pais e responsáveis observem alguns sinais de alerta, que fazem com que seja necessário levar o adolescente ao médico tão antes quanto for possível. Dentre esses sinais, destacam-se:

  • assimetria visual entre os ombros e/ou quadris;
  • desconforto muscular;
  • desvio na coluna vertebral, observado especialmente quando o adolescente está abaixado, com o tronco curvado para frente.

Tratamento

Assim como em qualquer outra condição, o tratamento da escoliose na adolescência dependerá muito da localização e do tamanho da curvatura. De maneira geral, é possível fazer uso de três principais métodos de tratamento, juntos ou separados, a saber:

  • fisioterapia: no caso de escoliose postural, a fisioterapia é de grande ajuda para impedir o agravamento do quadro, algo que pode ser feito com técnicas de reeducação postural global (RPG), reprogramação mioarticular e, mesmo, pilates, sempre com orientação de um especialista, para não agravar o quadro, e com a prática regular de exercícios físicos;
  • coletes: talvez consista no mais conhecido método para tratar a escoliose, frisando que ele não auxilia na correção do problema, mas, sim, atua para que o quadro não se agrave. Existem diversos tipos de coletes e o mais adequado para cada caso só pode ser recomendado por um especialista. Além disso, o uso desse equipamento por adolescentes pode causar estigma, por isso é necessário ficar atento;
  • cirurgia: por meio desse método, é possível corrigir aquelas curvaturas consideradas graves, promovendo o realinhamento dos ossos por meio da fixação com próteses especilializadas como por exemplo os parafusos pediculares . Com exceções, trata-se de um procedimento que só pode ser realizado para tratar escoliose em adolescentes depois do total desenvolvimento dos ossos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!

 

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