A dor é um mecanismo importantíssimo para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Ela é um sinal de que algo não vai bem em nosso corpo e que é preciso assistência médica. Mas, em alguns casos, o organismo prolonga o aviso de anormalidade, gerando uma dor que não cessa, mesmo com tratamento e medicação: a dor crônica.
Vamos entender melhor sobre o que é e quais são as principais causas deste distúrbio?
O que é dor crônica?
Quando você se fere com um objeto pontiagudo, como uma faca, logo o seu sistema nervoso irá transmitir diversos sinais de atenção para que você preste atenção ao seu corpo lesionado. Essa é a dor aguda. Sem ela, é impossível sobreviver.
Imagine viver sem dor: você anda descalço e pisa em um pedaço de vidro. Você sangra e continua andando, sem ao menos perceber que pisou em um objeto cortante.
Com isso, você não oferece os cuidados necessários e essenciais para a proteção do corpo, além de permitir que agentes infecciosos tenham contato com a sua pele aberta, entrando pela corrente sanguínea e gerando infecções, dentre outras consequências. Viu como este sinal tão incômodo é, ao mesmo tempo, imprescindível para a manutenção da vida?
No exemplo acima, temos a manifestação da dor aguda. Ela pode durar alguns minutos, horas ou alguns dias, mas desaparece logo que o problema inicial for tratado e curado. Por outro lado, a dor crônica não tem a mesma função.
Ela pode persistir por meses, ou anos! Assim, pacientes com esse distúrbio amargam tentativas frustradas de se livrar do desconforto, que chega até mesmo a alterar o estado mental do doente. De todo modo, este é um distúrbio com prevalência alta no Brasil, como mostra um estudo realizado pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).
A pesquisa da SBED revela que 37% da população brasileira convive com a dor há pelo menos seis meses! Já imaginou conviver com a dor por tanto tempo?
Veja quais são os principais sintomas e sinais da dor crônica:
- dor muscular;
- dor articular;
- fadiga;
- insônia;
- queimação;
- pontada;
- ansiedade;
- irritabilidade;
- depressão.
Mas, o que causa a dor crônica? Vamos entender os fatores de risco para a enfermidade a seguir.
Causas da dor crônica
As principais causas responsáveis pela manifestação da dor crônica são multifatoriais e, por isso, muitas vezes o diagnóstico do distúrbio pode demandar a análise clínica e exames de diversas especialidades médicas.
De todo modo, as principais condições responsáveis pela dor crônica podem incluir:
- doenças autoimunes, como a artrite reumatóide;
- compressão nervosa, que pode ser causada por uma estenose espinhal;
- alterações neurológicas, como a fibromialgia, que gera dores difusas pelo corpo;
- artrite, ou osteoartrite;
- inflamações intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerosa;
- câncer em estágio avançado;
- depressão, responsável por uma alteração no sistema nervoso central;
- tabagismo – ainda não há uma explicação definitiva, mas há evidências de que os fumantes representam 50% daqueles que buscam por tratamento para dor;
- obesidade;
- idade avançada.
- problemas trabalhistas
O tratamento para a dor crônica abrange métodos da medicina tradicional e alternativa. No primeiro caso, pode-se fazer uso de medicamentos para dor, realizar atividades físicas, além de acompanhamento psicológico com especialistas. Por fim, na medicina alternativa, existem alguns métodos interessantes que também têm ajudado pessoas com esses sintomas, como a terapia com hipnose, a yoga e a meditação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!