A atrofia muscular progressiva (AMP) é uma doença do neurônio motor inferior. É parte de um grupo de distúrbios responsáveis pela degeneração progressiva dos neurônios motores da medula espinhal. É um dos tipos mais raros de atrofia.
Na AMP, normalmente os neurônios motores inferiores sofrem perdas gradualmente, ficam cada vez mais fracos e desgastados, o que causa fraqueza muscular progressiva, fasciculação (efeito de contração muscular) e até mesmo a perda de peso.
A AMP está relacionada diretamente com a esclerose lateral amiotrófica (ELA), especialmente nos primeiros 4 anos após o diagnóstico concreto. Não é muito diferente da ELA e ambas as condições são caracterizadas por fraqueza progressiva.
Quer saber mais sobre o atrofiamento muscular progressivo? Então, continue lendo e conheça suas principais causas, sintomas e tratamentos disponíveis. Vamos lá?!
Quais são os sinais e sintomas da atrofia muscular progressiva?
Existem alguns sintomas de atrofiamento muscular progressivo, os quais incluem:
- fraqueza constante em um ou mais membros do corpo;
- atrofia muscular;
- perda do controle muscular;
- perda de reflexos
- perda de peso sem motivo aparente;
- fadiga;
- cãibras e espasmos musculares;
- fasciculação;
- fala fanha.
Por não afetar o neurônio motor superior, a AMP normalmente não apresenta sintomas relacionados às funções dos órgãos (coração, intestino, bexiga, etc) e sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição).
No entanto, com o acometimento dos neurônios inferiores, os grandes responsáveis pelos movimentos voluntários, o paciente pode perder os movimentos dos braços, pernas e face ao longo dos anos.
Quais as principais causas
Até agora, não se sabe o que causa o desenvolvimento de AMP e, por isso, ainda há muita pesquisa dedicada ao assunto e às doenças relacionados aos neurônios motores.
No entanto, é certo que a condição pode ocorrer de forma esporádica (de vez em quando, raro, uma vez na vida), sem a presença de histórico familiar.
Como é o diagnóstico?
Assim como outras formas de atrofia muscular e doenças dos neurônios inferiores, a condição muscular progressiva pode ser difícil de diagnosticar.
Apesar de que a atrofia muscular progressiva apresenta, claramente, danos aos neurônios inferiores, existem outras condições que também podem afetar esses neurônios. Por isso, é importante o acompanhamento de um médico, pois ele poderá verificar o diagnóstico ocasionalmente, identificando demais problemas.
No Brasil, seu diagnóstico leva em média 11 meses de acompanhamento. Isso por ser uma doença rara e que pode aparentar ser outra coisa nos estágios iniciais.
Como é o tratamento?
Até agora, não existe cura ou tratamento eficaz para a AMP. No entanto, assim como para outras condições semelhantes, existem tratamentos para amenizar incapacidades pessoais. Estes tratamentos podem incluir algo como:
- equipamentos para reforçar o apoio dos braços e das pernas;
- dispositivos para auxiliar na alimentação;
- fisioterapia (para adiar a necessidade de cadeira de rodas);
- fonoaudiologia (para manter a capacidade comunicativa);
- terapia ocupacional (para ajudar o paciente a se adaptar a rotina diária).
Por fim, conviver com a AMP não é nada fácil, já que estamos falando de uma doença limitante que, na maioria dos casos, pode ser fatal. A atrofia muscular progressiva ainda é pouco entendida e, por isso, ainda falta um longo caminho a ser percorrido para chegar a uma cura. Por isso, em caso de suspeita, consulte seu médico o quanto antes, pois com o tratamento precoce é possível levar uma vida de qualidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!