A artrose na coluna, conhecida também como espondiloartrose ou osteoartrite da coluna, define uma deterioração da cartilagem presente nas articulações da coluna. Essa condição tem uma série de reflexos, tais como dor na área afetada e dificuldade de locomoção. Entre as principais causas do problema, estão o desgaste natural da idade e a realização de movimentos repetitivos com as costas, bem como fatores genéticos. Exercícios físicos mal executados também são citados como outra causa em potencial.
Um primeiro ponto a ser destacado é que os sinais da artrose de coluna variam de acordo com o paciente. Por isso, o grau de desconforto pode ser leve até mais intenso, comprometendo atividades do cotidiano. Em alguns casos, a condição inclusive implica afastamento do trabalho ou aposentadoria por invalidez. A boa notícia é que esse último cenário é bastante incomum, tendo em vista que um tratamento bem efetuado é capaz de controlar os sintomas.
Ainda que seja possível observar o desgaste em qualquer ponto da coluna, a lombar e a cervical são as áreas mais atingidas. Infelizmente, não há uma cura definitiva para a osteoartrite da coluna. No entanto, uma conduta apropriada alivia significativamente os sintomas e ajuda a pessoa a recuperar o seu bem-estar.
O diagnóstico é realizado com base nos sinais descritos pelo indivíduo, além do exame físico feito pelo especialista na consulta. Em conjunto, recomenda-se a confirmação por testes de imagem, a exemplo de um raio-X de coluna. Dependendo da situação, o médico pode pedir uma ressonância magnética para verificar se não há hérnia a de disco ou alguma outra deformidade não identificado pelo raio-X.
Mas afinal, quais são os principais sintomas da doença?
A cartilagem serve como um amortecedor para os eventuais impactos e atritos entre os ossos. Quando a artrose se manifesta, com frequência surgem os seguintes sintomas:
• Dor que dificulta o movimento das costas;
• Dor que se agrava com o movimento;
• Na artrose lombar, as pernas podem formigar ou ficar dormentes;
• Caso a artrose seja na cervical, é comum sentir dormência ou formigamento nos braços e no pescoço.
Portanto, se você apresenta qualquer um desses indícios de espondiloartrose, consulte um profissional de confiança o quanto antes.
Tratamento para artrose de coluna
A terapêutica pode ser conduzida pontualmente durante períodos de crise ou se tornar da rotina para evitar grandes limitações. Abaixo, listamos as principais opções:
• Analgésicos: devem ser administrados em caso de dor ou regularmente de 2 a 4 vezes ao dia como paliativo, segundo orientação médica;
• Opioides: é uma categoria mais potente de analgésicos, tipo o Tramadol e a Codeína, que é prescrita para quadros de maior intensidade;
• Injeção de corticoides e anestésicos: conhecidas como bloqueios ou infiltrações, esse método atua na articulação para conter a dor localmente;
• Anti-inflamatórios: são recomendados por períodos curtos, tendo em vista que a sua administração contínua pode causar problemas nos rins e no estômago.
• Cirurgia: em casos agravados, a intervenção cirúrgica pode ser indicada. A opção entra em cena quando as dores se tornaram incapacitantes, os demais tratamentos não foram bem-sucedidos e/ou quando a parte neurológica foi afetada. O procedimento pode visar a fusão dos segmentos da coluna afetados ou a substituição de disco artificial, quando há uma hérnia de disco relacionada à artrose. A meta é fazer com que o paciente siga a vida sem grandes restrições.
Nesse contexto, o ideal é associar os cuidados a suplementos que fortaleçam as articulações para evitar o agravamento da lesão.
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