A grande maioria dos diagnósticos de lesões na coluna é proveniente de más práticas e posturas em ambientes de trabalho. Seja qual for: muito tempo em pé, muito tempo sentado, movimentos repetitivos e liberação de força para carregar materiais pesados. Lesões na coluna podem ser casos de doença ocupacional, adquiridas durante o trabalho. Quando tratamentos através de medicamentos e fisioterapias não dão certo, muitas vezes a solução é a cirurgia de coluna.
As empresas contribuem para os casos
O caso se agrava quando as cirurgias não apresentam bom resultado, fazendo com que o paciente volte para a ocupação que exercia sem ter as condições necessárias para o desempenho da função. Ainda mais: ele pode não ser liberado pela perícia do INSS para que volte ao trabalho, onerando direta ou indiretamente o empregador pelo tempo afastado. Todas essas situações podem resultar em questões trabalhistas, processos movidos com empregador, empregado e mesmo o médico, caso o procedimento tenha sido realizado de maneira errada.
Responsabilidade no diagnóstico
Segundo dados da Fundacentro, órgão ligado ao Ministério da Saúde e que cuida da Medicina do Trabalho, cerca de 160 mil licenças anuais são concedidas para casos de lesão na coluna. O médico que faz o diagnóstico tem extrema responsabilidade nos procedimentos, desde os exames, mas, principalmente, na realização de cirurgias de coluna. Isso porque a grande maioria dos diagnósticos não compreendem a intervenção, mesmo assim, alguns profissionais encaminham ou realizam o procedimento.
Decisões para a cirurgia de coluna sempre em colegiado
Uma cirurgia mal realizada também é caso de ação trabalhista, porém agora movida contra o médico. Por isso, é importante que o paciente procure outras opiniões, não somente de outros cirurgiões ortopédicos, mas também de médicos de outras áreas.
A região da coluna cervical é delicada e requer cuidados especiais, para isso, é necessário colegiado formado por médicos de diversas especialidades, como neurocirurgiões, radiologistas, reumatologistas, fisiatras e especialistas em dor. Isso é segurança para o paciente e para o médico, porque o indivíduo só será operado quando houver consenso entre os especialistas.
Do que se precisa é evitar que o erro seja completo, de todos. Isso porque os prejuízos ao paciente podem ser de âmbitos físico, psicológico e material. Por mais que a cirurgia de coluna seja perfeita, se ela foi mal-indicada, o resultado final será ruim sempre. O paciente arca com as consequências por toda a vida e pode entrar com um processo contra os médicos envolvidos.
O que se quer discutir é a responsabilidade pelo procedimento e os resultados dele, a qual deve ser de todos. Toda e qualquer decisão sobre a saúde do indivíduo, seja pelas más práticas de trabalho seja por decisões erradas de médicos, não pode ser leviana. De modo que uma intervenção mais aguda, como uma cirurgia de coluna, pode trazer questões trabalhistas importantes.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!