A espondilolistese é caracterizada pelo deslocamento do disco intervertebral para trás, deformando a coluna e causando dor nas costas e dificuldade para se movimentar. Ao contrário da hérnia de disco, o disco intervertebral não está sendo comprimido, ele “escorrega para trás”, devido a uma falha de fusão ou fratura da vértebra da coluna que acompanha esse movimento.
A doença pode ocorrer em qualquer porção da coluna, mas, na maior parte dos casos, ela afeta a região lombar, manifestando-se mais frequentemente após os 40 anos de idade.
Tipos de espondilolistese
A espondilolistese pode ser dividida em cinco tipos:
- Displásica: resultante de uma má formação congênita da vertebra e dos seus arcos posteriores;
- Degenerativa: decorrente da instabilidade na coluna, causada por doenças discais e o processo degenerativo próprio do envelhecimento. Relaciona-se com posturas inadequadas, excesso de peso ou atividades de grande impacto na coluna;
- Ístmica: pode ser causada por fratura por fadiga, afetando o istmo vertebral e deixando a coluna instável;
- Traumática: decorre de um trauma na coluna vertebral, podendo gerar fratura de ossos e rompimento dos ligamentos;
- Patológica: causada pela degeneração da articulação, em virtude de doenças reumatológicas, autoimunes ou tumorais.
Entre os cinco tipos, as causas mais frequentes são a displásica, ístmica e degenerativa.
Sintomas da espondilolistese
Em sua fase inicial, a doença pode não causar dor. Nos casos mais graves, o paciente pode sentir dores que variam de acordo com o tipo da doença.
Os sintomas mais comuns são:
- Dor lombar;
- Depressão da pele na região lombar;
- Contratura da musculatura posterior da coxa;
- Dor irradiada para os membros inferiores.
Alguns pacientes podem apresentar dor noturna, perda de força ou sensibilidade nos membros inferiores e perda de peso.
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de imagem, como radiografias simples, podendo ser complementado por tomografia computadorizada e ressonância magnética. A doença é confirmada com a posição para a frente de um corpo vertebral sobre o outro.
Tratamentos
É importante ressaltar que não existe um medicamento para prevenir o escorregamento. Após a deformação, o uso de remédios é utilizado para aliviar a dor. Nesse caso, são utilizados analgésicos e anti-inflamatórios. O médico também poderá indicar terapias alternativas, como acupuntura e fisioterapia. Quando nenhuma dessas opções é suficiente para o controle da dor, a cirurgia é a próxima solução indicada.
Existem duas cirurgias apropriadas para o tratamento da doença:
- Descompressão da coluna vertebral – procedimento no qual o osso é removido para eliminar a pressão do nervo;
- Fusão espinhal – procedimento no qual o material de enxerto ósseo é colocado entre as vértebras para se juntar – ou se fundir – às vértebras para restaurar a estabilidade da coluna.
Todos os procedimentos devem ser avaliados individualmente com o médico, para que ele analise, junto ao paciente, os riscos e benefícios de qualquer tratamento.
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