Acidentes muito fortes, como uma batida de carro, costumam causar um impacto muito grande no corpo, especialmente na cabeça. Em virtude de a força ser forte, não só a cabeça, mas todas as extensões dela e ligações à estrutura sofrem lesões significativas. A essa série de lesões, é dado o nome de trauma em chicote, devido à ação repentina que provoca as lesões.
Mas o problema não ocorre somente em acidentes de carro. Situações simples como uma queda, um baque esportivo ou um movimento brusco podem ocasionar as lesões, dependendo da proporção do impacto.
Como o ocorre o trauma em chicote?
Esse trauma é provocado devido a uma entorse a partir da ligação vertebral ao crânio. Contudo, atinge as partes moles do pescoço, porque são as partes mais frágeis, e, por isso, estruturas como músculos e ligamentos acabam sendo os mais prejudicados. Discos intervertebrais também costumam apresentar irregularidades devido à força do impacto.
O pescoço é projetado para frente com tanta força que o movimento contrário é feito involuntariamente, também na mesma magnitude. Com essa movimentação, as lesões vão surgindo em cadeia nas partes moles, deixando a região do pescoço e da cabeça mais sensível e com contraturas musculares intensas, dependendo da dinâmica do acidente.
Em casos de batidas de carro, por exemplo, os efeitos são mais fortes. Situações simples como uma queda, segurar o telefone com o pescoço ou uma batida forte na cabeça podem ocasionar o trauma em chicote, mas em menor proporção.
Como diagnosticar?
É possível detectar a entorse por meio da inflamação do pescoço. Como essa é a primeira parte do corpo que sofre o impacto, ela é quem apresenta uma condição irregular. Dores na coluna, na região cervical e de cabeça também surgem em maior grau, dependendo do acidente. Tonturas, visão prejudicada, dificuldade em mover as articulações e desvio do disco intervertebral são outros sintomas que podem aparecer.
Por meio de um exame de imagem, como um raio x, o médico perceberá quando uma lesão mais grave surgiu, a proporção do problema e se houve fratura ou deslocamento de outras estruturas próximas. É por isso que, em alguns casos, é possível sentir dores nos braços, na mandíbula e também sofrer bloqueios nos movimentos.
Como resolver o problema?
Em princípio, analgésicos são recomendados para aliviar os sintomas iniciais, como as dores. Compressas de calor são ótimas para serem postas na área afetada, porque ajudam a regenerar as ligaduras atingidas e a promover um descanso adequado dos tecidos moles. Não se deve ocasionar nenhum esforço que prejudique alguma parte próxima. A fisioterapia bem orientada pelo especialista costuma ajudar muito na resolução do problema.
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