De todas as partes do nosso corpo, a coluna vertebral pode ser considerada uma das mais importantes. É através dessa coluna, composta por variados nervos que possuem ligação direta com o cérebro, que passam todas as ordens para que aconteçam nossos movimentos e sensações.
Assim como a importância dela é grande, o cuidado com essa estrutura deve ser maior ainda. Qualquer lesão levará a sérios problemas neurológicos. Uma das áreas que podem ter lesões e problemas é a chamada cauda equina, levando à ocorrência da síndrome da cauda equina.
Afinal de contas, o que é a cauda equina?
A área da nossa coluna que é responsável por todos os nossos membros inferiores, além dos órgãos presentes na região pélvica, é chamada de cauda equina. A expressão literalmente significa “rabo de cavalo”.
Referimos aqui à anatomia do final de nossa medula espinhal, localizada na região lombar. Essa região divide-se em vários feixes de vias nervosas, fazendo menção ao rabo de um cavalo.
E a síndrome da cauda equina, o que é?
Ao haver uma compressão inusitada dos nervos presentes no final da medula espinhal, acontece a chamada síndrome da cauda equina. Essa compressão pode conduzir a uma série de primeiros sintomas: dor lombar, alterações sensoriais, incontinência urinária e intestinal.
Vale destacar a importância de se procurar um médico quando esses primeiros sintomas aparecem. Deixar que o quadro evolua pode levar a complicações ainda mais sérias, como problemas neurológicos parciais e/ou completos.
A causa da síndrome se dá pela irritação direta ou compressão dos nervos do final da medula espinhal. Doenças como hérnia de disco intervertebral lombar, tumores, infecções ocasionadas próximo à medula espinhal e hemorragia localizada são causadores dessa síndrome também.
Como é feito o diagnóstico da síndrome da cauda equina?
Por meio de um exame clínico somado à ressonância magnética, podemos entender o problema e saber onde ele está acontecendo, além do responsável por essa compressão. Ainda há outros exames que podem ser usados nesse caso: eletroneuromiografia, exame do liquor (em que o líquido da coluna é retirado para analisar a presença ou não de infecção) .
Vale destacar que o diagnóstico é de suma importância, já que os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras enfermidades, como lesão medular ou de cone, ou ainda tipos mais raros de neuropatias.
Após o diagnóstico, como tratar a síndrome da cauda equina?
Na grande maioria dos casos, o tratamento para a síndrome da cauda equina é cirúrgico. A intervenção deve ser feita 48 horas após o início dos sintomas, evitando, assim, danos permanentes, como paralisia das pernas, perda da função sexual, dentre outros problemas. A recuperação depende do quão comprometido está o nervo.
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