A escoliose congênita é bem menos comum do que aquela que ocorre na adolescência. Cerca de um em cada 10 mil bebês nasce com o distúrbio. A escoliose é uma deformidade na coluna vertebral, que provoca uma curvatura em forma de C ou S na espinha. Tal desvio pode prejudicar a mobilidade da criança ou do adolescente. Em alguns casos, os rins e a bexiga sofrem alterações, devido à compressão causada pelos ossos da coluna.
No caso congênito, as vértebras não são formadas de forma adequada durante o desenvolvimento do feto. Outras causas responsáveis pelo nascimento do bebê com este tipo de desvio da coluna incluem:
- formação parcial dos ossos da coluna vertebral;
- ossos que não se separaram normalmente;
- ausência de um ou mais ossos na coluna vertebral.
Em alguns casos, a escoliose congênita é percebida e diagnosticada somente na fase de maior crescimento da criança, geralmente durante a adolescência.
A seguir, conheça alguns tipos de escoliose congênita.
Tipos de escoliose congênita
Formação incompleta das vértebras
Quando parte de uma vértebra, ou mais de uma, não se forma completamente ainda na gestação, esse distúrbio é chamado de hemivértebra. A má formação gera um ângulo agudo da coluna, que pode piorar na fase de desenvolvimento da criança.
Alteração na separação das vértebras
No desenvolvimento do feto, a coluna se forma como um tecido único, para depois se separar em diferentes vértebras. Quando a coluna não se separa, ainda na fase do feto, pode haver a fusão dos ossos vertebrais, impedindo que a coluna cresça de um dos lados. Esse distúrbio provoca uma curvatura da espinha, que progride conforme o crescimento da criança.
Hemivértebra e combinação de barras
Este tipo de escoliose é mais grave e pode exigir cirurgia de coluna em idade muito precoce. O tratamento cirúrgico previne o crescimento anormal da curvatura da espinha.
Outra manifestação da deformidade congênita são as curvas compensatórias. Este tipo ocorre quando a coluna vertebral desenvolve outras curvas nos ossos da espinha para compensar um desvio congênito e manter a postura do indivíduo ereta.
Quais são os sinais da escoliose congênita?
A escoliose congênita costuma ser diagnosticada já no primeiro exame pediátrico do bebê. Caso o médico não detecte o problema nas primeiras consultas, o distúrbio pode passar despercebido. Isso acontece porque a escoliose não causa dor. Portanto, em alguns casos, o desvio é percebido somente na adolescência, quando os sinais da curvatura da coluna já são aparentes.
Veja outros sinais que indicam que seu filho tem escoliose.
- mau encaixe das roupas no corpo da criança ou do adolescente;
- ombros inclinados e desiguais, com um ombro sobressaindo mais que o outro;
- costela mais acentuada de um lado;
- cintura irregular, ou quadril mais alto que o outro;
- sensação de que a criança está mais inclinada de um dos lados do corpo;
- alterações na medula espinhal ou nervos, que geram sintomas de fraqueza, dormência ou perda de coordenação motora, em casos mais raros.
Tais sinais da escoliose congênita indicam a necessidade de se buscar a ajuda de um ortopedista ou de um cirurgião de coluna com urgência. A tendência é que o distúrbio se acentue durante o desenvolvimento da criança e do adolescente. Portanto, quanto mais rápido o tratamento, melhores serão os resultados.
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