A escoliose é um problema que pode ocorrer no desenvolvimento da coluna vertebral. Se não for tratada da forma correta, pode trazer grandes complicações para a vida do indivíduo.
O desvio é caracterizado por angulações em forma de C ou de S quando a coluna é vista de frente, quando deveria ser alinhada. Na maioria dos casos, essa deformidade é idiopática, ou seja, não é possível identificar as causas reais que levaram ao desvio.
Para saber mais sobre o assunto, conhecer os tratamentos mais comuns e o que pode acontecer se você optar por não tratá-la, continue a leitura.
Identificando a escoliose
Muitos casos de escoliose costumam começar a apresentar sinais durante a infância e fases de estirão de crescimento, quando o indivíduo tem um tiro de crescimento mais rápido que o normal e pode apresentar alguns sinais de desvios na coluna.
Nem sempre a pessoa acometida pelos desvios da escoliose sentirá dor. Isso, muitas vezes, dificulta o diagnóstico precoce. A descoberta poderá ocorrer já com a evolução da angulação do quadro.
Sabendo disso, é importante ficar atento aos sinais de escoliose, que, na maioria dos casos, podem incluir:
- alteração estética do desenho alinhado da espinha quando a pessoa flexiona o tronco para baixo, como se fosse tocar os dedos dos pés;
- ombros desalinhados, parecendo que um está mais alto que o outro;
- quadril desalinhado;
- estufamento irregular e incomum no tronco;
- osso da clavícula projetado para frente, ficando mais evidente;
- diferença significativa no tamanho das pernas.
O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista, que realizará um exame clínico, analisará o histórico familiar e de vida do indivíduo, além de realizar exames como o teste de Adams e de imagens, como raio-x.
O que acontece se o desvio não for tratado?
A escoliose não tem cura. Entretanto, existem tratamentos tradicionais e formas de intervenção cirúrgica que podem devolver a qualidade de vida àquelas pessoas prejudicadas por angulações maiores de desvio na coluna.
Entre os tratamentos comuns para escoliose, podem-se citar o uso de coletes (existem modelos específicos para cada caso e gravidade de quadro), terapias paliativas para evitar o desenvolvimento do quadro, exercícios físicos, reeducação postural global (RPG) e fisioterapia. Casos que não respondem bem a esses tratamentos ou que já se encontram em estágios avançados, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo, devem ser submetidos à cirurgia.
Complicações
Conheça algumas complicações que podem ocorrer se não for feito o acompanhamento médico nem tomadas as medidas corretivas necessárias:
- enfraquecimento e sobrecarga muscular, causando dor;
- acometimento do bom funcionamento pulmonar;
- aumento de risco de doenças cardíacas;
- limitação de movimentos;
- deformidades estéticas;
- dificuldades respiratórias;
- impactos que podem comprometer ossos;
- fadiga;
- desnível de quadris e ombros.
Problemas como a escoliose não são corrigidos pelo corpo de forma espontânea, portanto precisam de atenção para que o caso não progrida. É comum que o corpo tente se adaptar para manter o equilíbrio, direcionando cargas anormais para alguns músculos, levando a dor e desníveis, além de órgãos do tórax que se reposicionam e podem ser acometidos ao longo do tempo.
A progressão da escoliose deve ser estabilizada
A progressão da escoliose deve ser contida e, se necessário, a intervenção cirúrgica para correção deve ser adotada para que o caso se estabilize e o indivíduo tenha uma vida mais confortável. O importante é que um especialista em ortopedia seja consultado ao se suspeitar de desvios na coluna.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!