A espondilolistese é um problema que afeta a coluna vertebral, resultando do escorregamento de uma vértebra sobre a outra. Esse deslizamento para a vértebra seguinte pode ser posterior, inferior ou lateral.
Há quatro níveis de espondilolistese, sendo que o mais comum é o escorregamento entre a quarta e quinta vértebra, região que suporta maiores cargas. Isso causa o desalinhamento da coluna. A espondilolistese também pode ser classificada em displásica, degenerativa, ístmica ou traumática. Confira:
• Degenerativa: o problema vem em consequência das modificações que a coluna sofre durante o envelhecimento natural;
• Displásica: resulta de formação defeituosa da coluna, afetando o arco da quinta vértebra ou a parte superior do sacro;
• Ístmica: ocorre quando há falhas nas vértebras, comum na infância e adolescência;
• Patológica: se origina a partir do desenvolvimento de tumores;
• Traumática: é consequência de acidentes.
É importante acrescentar que a espondilolistese degenerativa é a mais comum a partir dos 50 anos de idade, devido ao processo de envelhecimento e ao surgimento de problemas como a osteoporose.
Conheça as causas da espondilolistese
A maior parte dos casos de espondilolistese está associada às formas degenerativas, displásicas e ístmicas. Causas secundárias, associadas a doenças, traumas e cirurgias, são menos comuns. Movimentos repetitivos da lordose lombar podem causar a espondilolistese ístmica.
A prática de esportes de contato é outro fator de risco, pois pode resultar em lesões aos elementos de ligação das vértebras, provocando a espondilólise (não há escorregamento de uma vértebra sobre outra). Se não for tratada, a espondilólise resultará em espondilolistese.
Sintomas da espondilolistese
A espondilolistese pode causar dor, depressão da região lombar e contratação dos músculos posteriores das coxas, causando dificuldade para caminhar. O paciente também costuma sentir formigamento ou dormência na área afetada. Esses sintomas, entretanto, podem ter outras causas. A lombalgia (dor nas costas), por exemplo, é um problema que afeta mais de 80% da população.
Daí a importância de se procurar um especialista para obter o diagnóstico preciso. Além do exame clínico e do raio-X, o médico poderá solicitar que o paciente faça ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar outras complicações, tais como a perda da sensibilidade e limitações aos movimentos do corpo.
Tratamento da espondilolistese
A prescrição de remédios só é feita quando o paciente apresentar inflamações e dores, causadas pelo escorregamento de vértebras. A fisioterapia é outro procedimento necessário para melhorar a mobilidade de articulações e músculos, reduzir a compressão entre as vértebras e fortalecer os músculos que dão sustentação à coluna vertebral.
Hidroterapia e acupuntura também são técnicas que podem melhorar o estado de saúde do paciente. Restrições aos esportes de contato e o uso de órtese lombar (espécie de colete para sustentar a coluna) são outras medidas necessárias, principalmente quando se trata de espondilolistese ístmica (aquela que caracteriza por falhas nas vértebras).
O procedimento cirúrgico, por sua vez, é recomendado em casos de maior gravidade, quando o tratamento convencional não surte efeitos positivos. Na cirurgia, o médico faz a descompressão de nervos e estabiliza as vértebras, fixando-as com parafusos feitos de titânio.
Por fim, é sempre bom lembrar: para prevenir problemas na coluna, cuide da postura, evite carregar peso ou fazer esforços físicos exagerados. A prática esportiva deve ser orientada por educador físico!
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