Mielopatia

Mielopatia: o que é e como tratar

A mielopatia corresponde ao conjunto de doenças que afetam a medula espinhal, em consequência de degenerações da coluna vertebral. A estenose (estreitamento do canal da medula espinhal) é a causa mais comum da doença, porém há outras causas como osteófitos (bico de papagaio), espondilólise degenerativa (defeito na coluna vertebral que pode resultar em fratura), hérnia de disco, espondilolistese (deslizamento de vértebra), artrose, traumas e lesões súbitas após uma queda ou um acidente. A enfermidade pode surgir nos três segmentos da coluna, sendo mais frequente na cervical.  

Embora as causas mais comuns tenham ligação com doenças ósseas, as mielopatias também podem ocorrer devido a outros problemas de saúde, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), o diabetes e o lúpus, os quais levam a déficits neurológicos, quando não são tratados adequadamente.

Sintomas principais de mielopatias

Mielopatias originadas de degenerações da coluna vertebral causam dor e dificultam a realização de atividades comuns como segurar um objeto, estender uma roupa, escrever, subir ou descer a escada. É importante buscar tratamento o mais cedo possível, porque as doenças podem causar graves prejuízos ao funcionamento de órgãos, além de paralisar os movimentos de forma irreversível. Os principais sintomas do problema são:

  • dor e rigidez na nuca
  • dormência ou dor nos braços e nas mãos
  • diminuição da sensibilidade
  • dormência e formigamento
  • fraqueza e desequilíbrio
  • enrijecimento de braços e pernas
  • disfunção da vesícula
  • problemas nos intestinos
  • paralisia de movimentos

Diagnóstico

O diagnóstico é fundamental para impedir a progressão de mielopatias, as quais, além da dor, podem limitar drasticamente os movimentos do corpo. Na consulta médica, é importante que o paciente relate, em detalhes, os sintomas.

Com base nas informações preliminares e no exame clínico, o médico solicitará, inicialmente, a radiografia. No entanto, para ele obter informações mais precisas, é necessário que se faça a mielotomografia ou a ressonância magnética. Esses exames de imagem mostram, com maior clareza, os pontos de compressão da medula espinhal e das raízes de nervos.

Tratamento de mielopatias

Quando a doença é detectada no estágio inicial, não havendo nenhum comprometimento dos movimentos do corpo, o tratamento consiste na prescrição de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos e reavaliações periódicas para verificar se há ou não aparecimento de sintomas. Sessões de fisioterapia ajudam a fortalecer a musculatura, estabilizar a coluna, reabilitar o equilíbrio e a marcha, além de aliviar as dores causadas pela mielopatia.

A cirurgia para a descompressão da medula espinhal é a última opção de tratamento, devido às complicações que esse tipo de intervenção na coluna pode provocar. Por essa razão, a cirurgia só é recomendada quando as outras formas de tratamento não surtem efeitos satisfatórios ou quando a mielopatia está progredindo, comprometendo os movimentos do corpo, os órgãos internos e causando muita dor.

Ao perceber perda de flexibilidade, fraqueza muscular, desequilíbrio, dificuldade para fazer os movimentos rotineiros, é importante ir ao médico para obter um diagnóstico sobre as causas desses problemas. Quem habitualmente executa atividades que sobrecarregam a coluna vertebral deve redobrar a atenção com esses sinais, para evitar danos permanentes à medula espinhal.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre o meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá.

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