mielograma

Mielograma: como funciona e quais são as suas indicações

O mielograma é um exame de punção aspirativa, realizado na medula óssea. Ele coleta líquido e sangue da região para análise laboratorial da substância, identificando se há ou não doenças que interfiram na qualidade da produção sanguínea.

O exame é relativamente simples, feito com uma agulha grossa que penetra a área interna do osso medular, conhecido popularmente como tutano. Pela profundidade e por atingir áreas muito sensíveis, é preciso uma anestesia local.

A medula óssea e suas funções

A medula é considerada um órgão hematopoiético, está localizada no interior dos ossos da coluna vertebral e é constituída por um líquido gelatinoso e esponjoso. A função dela é produzir componentes fundamentais do sangue, como hemácias, leucócitos, granulócitos, mielócitos e plaquetas, assim como células que fazem parte do tecido ósseo.

Dela, também surgem alterações pontuais, que originam várias doenças, como leucemia, síndrome mielodisplásica, desordens mieloproliferativas, anemia aplástica, anemia de deficiência de ferro e outros distúrbios.

Na primeira fase da vida, todos os ossos do corpo possuem a medula óssea ativa, chamada de medula vermelha. Mas, ao se entrar na fase adulta, só alguns ossos continuam sendo capazes de produzir os componentes sanguíneos, enquanto a maioria perde a função e é substituída por tecido gorduroso.

O tecido gorduroso, também chamado de medula amarela, é incapaz de produzir sangue, mas pode retornar à atividade original caso o paciente possua alguma doença grave, como a anemia.

A medula óssea também é conhecida por ser a responsável pelas células-tronco. Essas são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula, gerando um amplo estudo sobre a cura de doenças aparentemente irreversíveis. A ideia das células-tronco é que elas possam substituir um tecido danificado, por outro saudável.

Para que serve e como é feito o mielograma?

O mielograma avalia a medula óssea e constituição dela por meio da realização de uma punção aspirativa de coleta. A partir do material retirado, é possível identificar a formação morfológica do sangue e identificar com precisão inúmeras doenças.

Outros exames são feitos a partir do que for coletado pelo mielograma, como citogenética, imunofenotipagem e análise molecular. É preciso começar o procedimento com uma anestesia local, seguido pela introdução de uma agulha grossa, que seja capaz de atingir o interior do osso com facilidade.

É comum que o exame seja realizado na crista ilíaca, assim como no esterno e na medula. A agulha, então, aspira uma parte do material da medula, causando uma pequena perfuração no osso, facilmente cicatrizada.

O procedimento é indicado para avaliar anemias, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, estado de linfomas, distúrbios plasmáticos, leucemia, tipo de metabolismo, quantidade de ferro corpórea, confirmar diagnósticos de doenças como meningite e verificar o aumento inexplicável do baço.

Por ser arriscado, o médico especialista precisa dar o aval para a realização do mielograma. É feita uma análise sobre o histórico do paciente, seguido dos exames laboratoriais e de imagem requisitados. Não é indicado para hemofílicos e com coagulopatia grave.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião de coluna vertebral em Cuiabá!

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